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setembro 28, 2002


Ei, isso foi ontem. Tita com os livros Relações de Sangue, finalmente impressos, prontos, nas boas livrarias do Brasil. Uebaaaaa! Acho que dá pra ver nos seus olhos: emocionada, sentindo-se uma menina ganhando um montão de doces, feliz e com um pouco de medo. Sempre aqueles pensamentos bobos como "será que vai vender?" Que nada, menina Tita, passarinho que veio alegrar os vampiros, vai ser mosca no mel, a piece of cake, e todos os chavões do gênero! Porque o livro é bom, gostoso de ler, emocionante, e, com vampiros lindos... Ai, ai, Daniel... Hahahahahaha!

Crianças noturnas e crianças da luz que me ouvem, saibam que o livro finalmente está alçando vôo por ares estranhos, desconhecidos. Vamos começar a caça. Quem ficar sem, é mulher do padre!

setembro 27, 2002



A foto acima é de Carlflash, que deixou uma msg engraçada no post anterior. Pras meninas interessadas, Carl não é apenas mais um rostinho bonito nos blogs, vão ao blog abacate dele, e perceberão que ele só é tratado com esse desrespeito por aqui! Agora não falta nada, né, Carl? Em bg: risadas e mais risadas...

Bem, depois de vários comentários cheguei à seguinte conclusão: fotos de homens bonitos são benéficos para ambos os sexos. As mulheres se rasgam (com toda razão) quando são presenteadas com uma visão deliciosa masculina. E os homens se rasgam quando vêem as mulheres se rasgando. Tudo é uma questão de rasgação básica. Um joguinho com muito humor.

Por ora é só, crianças. Talvez eu volte depois pra postar mais. Ou não. Tô fechando o meu laptop porque vou à casa da Tita abrir um honesto vinhozinho francês e celebrar o seu livro, finalmente pronto e nas suas mãos!!!!! Estou comemorando com ela desde ontem, pelo andar da carruagem (ei, velho isso, não?) até segunda vou me transformar numa alcóolatra...

setembro 26, 2002


MAIS GATOS!
Bem, não tenho nada a falar hoje, então vou torturar as meninas com a visão celestial de Jude Law, o bom, bonito e comestível ator de Wilde, O Talentoso Ripley e A.I. Aproveitando, vou torturar os homens com a agressão visual do Jude seminu. Não sei se ainda sobraram as botas na parte que não aparece na foto, mas é um belo espécime de gato, não acham?

setembro 25, 2002



FRIO, CHOCOLATE E PIJAMAS AMESTRADOS.

Não tem nada melhor no mundo – ei, peraí, isso não vale... – replay: não tem nada melhor no mundo do que vestir um pijama bem grandão e tomar um chocolate quente no frio temporão de Sampa. Olho pros meus pés, a pontinha aparecendo por baixo da calça comprida demais, dentro de grossas meias de lã vermelhas, obséquio e graça de Dona Rosinha, a mami nissei que sabe tricotar à mão essas maravilhas. Tenho esse pijama azul-claro, cheio de pequenas florzinhas azuis-escuros, ton-sur-ton de deselegância discreta, a síntese do conforto versus sensualidade. É enorme. Gigantesco. É mais que mega, é um gigapijama que me deixa com cara de menina pequena e friorenta, atrás de chocolates quentes e livros para ler na cama.

Lembro que a história mais horripilante que li quando menina foi um livro infantil japonês, com a história da Pequena Vendedora de Fósforos. Vocês conhecem, claro, a história aterrorizante da pobre menina pobre, obrigada a vender fósforos na rua em meio à nevasca da véspera de Natal europeu, sempre muito gelado. Pra quem não conhece a fábula de Hans Christian Andersen (ei, você existe mesmo?), aqui tem um link: A Pequena Vendedora de Fósforos. Tem tudo o que um conto de terror pode ter: requintes de sadismo, aparições sobrenaturais e um final que se diz feliz, mas que eu e você, vampiro e vampira, sabemos que é um final triste e deprimente...

A minha fábula predileta é o Gato de Botas, de Charles Perrault. Sempre achei maravilhoso ter um gato que falasse. E, ainda por cima, resolvesse a minha vida, arranjando, mais do que casa, comida e carinho, um castelo, banquete e carinho principesco, como o bichano heróico fez para o boçal do seu amo e senhor. Mas o show mesmo é como o Gato conta mil histórias e joga o jogo de influências da corte e do rei para conseguir algo que, até hoje, conta mais do que bens materiais na maioria das situações: PRESTÍGIO para o seu amo. E, na seleção dos melhores momentos desta fábula fabulosa, o Gato engana o malvado Ogro e bruxo apenas com o poder das palavras... O final da luta é bem legal: ele acaba comendo o seu oponente. Nham-nhammm... Isso, sim, é uma bela história!

Já é tarde, titios e titias, e nós, crianças, temos que ir para a cama. Apenas lembrem-se sempre: tenham sempre um velho e confortável gigapijama de flanela, que rejuvenesce sem o custo da plástica (embora não tenha os mesmos resultados sedutores... mas não se pode ter tudo, não é?). Não leiam a Pequena Vendedora de Fósforos para crianças sádicas, pois podem vir a se tornar alguma líder de seitas lunáticas. E, se não tiverem à mão um Gato de Botas, mantenham sempre o seu prestígio em dia. Ou comam os seus inimigos, dizem que têm sabor de chocolate quente. Boa noite, mamãe. Boa noite, papai. Boa noite, pijamão!

setembro 23, 2002

As palavras são viciantes. Queremos receber mais todo o tempo. Queremos dar mais. Escrever e ler, um círculo sem fim. Hoje fiquei a tarde toda produzindo palavras. Vou lhes contar. Estamos escrevendo juntos: Paulo, Mônica, Tetsuo e eu... É uma brincadeira deliciosa que inventamos na Tinta Rubra, o grupo de escritores de contos de vampiros, onde Paulo e eu, além do Dri, que às vezes dá o ar de sua graça nos blogs, somos os moderadores. É assim: Paulo escreveu o início de um conto. Mô, Tet e eu vamos, cada um, escrever um final diferente para o mesmo conto. O interessante é comparar os finais, depois. Cada um com o seu ponto de vista, uma observação que nunca é sem graça. E também é instigante continuar o conto de um outro escritor. Dividir a tarefa de criar: uma cabeça imaginando as premissas, os personagens e outras pensando no desfecho. É legal, mas também trabalhoso. Um trabalho que me deu uma satisfação incrível de concluir. É, as palavras são viciantes. Mas fazem bem.

Fechando um assunto pra iniciar outro, meio relacionado. Nossa, sofri pra caramba para não perder o pique que Paulo colocou no início do conto. Vocês, que conhecem a figura do nosso Doctor Castro, sabem como é. Tem gente que não gosta do que ele escreve, outros não entendem, a maioria o adora. Bom, eu o acho muito bom, sempre achei, desde que ele apareceu, uma avis rara esquisita entre os vampiros. Ele escreve de forma toda fragmentada, vai construindo um mosaico supercomplexo de referências de imagens, palavras, citações enquanto a ação progride. E, pra piorar, coloca todas as vírgulas separadas das palavras anteriores, fragmentando visualmente o texto também... E todas essas referências são muito pessoais, é como se estivéssemos espiando as entranhas de alguém. Que pode ser o Paulo em algumas coisas, noutras, não. O texto estava assumindo um ar de “decifra-me ou te devoro” na minha neurose. Que tratei de exorcizar rapidinho, escrevendo furiosamente enquanto ouvia a todo volume um cd de músicas selecionadas por um amigo. E não é que as músicas iam se encaixando certinho na ação do conto? Foi engraçado. Eu gostei da experiência. Comemorei numa pizzaria, com muita muzzarela. E um tiramisu. Viva o chocolate, tão viciante quanto as palavras!

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