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janeiro 25, 2003

MEU POEMA NO CAFÉ LITERÁRIO!

Ok, acho que deveria ter colocado este post ontem, mas acho que ainda é tempo pra dar boas notícias. Então, pra quem acessa na manhã de sábado, um convite: hoje, na feirinha de antiguidades da Praça Benedito Calixto, Vila Madalena, vai ser lançado mais um número do Jornal da Praça. Neste número sai o meu poema "Dearest", totalmente vampírico, urbano e paulistano. O tema desta edição do jornal é o aniversário da cidade de São Paulo que hoje faz 449 anos.

Há um espaço no meio da feira, chamado "O Autor na Praça", onde são mostrados os eventos e publicações do grupo e onde o jornal vai ser vendido. Vou estar por lá, ou na livraria e café Alberico Rodrigues, também na praça, que é também uma espécie de quartel general dos autores. A feira rola a partir das 14 até umas 19 horas, mais ou menos. Durante esse período, apareçam!

E feliz aniversário, Sampaaaaaaaaa!

janeiro 23, 2003

HORA DE ALMOÇO, HORA DE VAMPIRAR...

Hora do almoço, uma chuva forte. Saio-não-saio? Ah, não saio, tá chovendo, odeio tomar chuva... Mas e a fome? Passa o tempo, o estômago reclama, a chuva amaina e ninguém pra ir almoçar comigo, pois já era quase duas horas. Disco o velho número: "alô?"... "Oi, Tita, quer ir almoçar?" "Mas agora? Eu tô comendo uma goiaba..." Penso em fazer de novo aquela piada sem graça pela centésima vez. Quem come goiaba fica com cara de... Mas resolvo ficar na minha. "Vamos! Podemos comer uma saladinha." "Huuuuum... mas eu preciso te contar uma coisa. Comi um pedaço da pizza de ontem." "Ahhhhhhh!!!!!! Que coisa feia!" "É... Muito feia!" Mas por fim resolvemos dar um pulo ao shopping Ibirapuera. Rapidinho, falei. Não ia demorar...

Passamos por duas livrarias no shopping. Vocês têm que ir a uma livraria com Tita, pelo menos uma vez na vida. Ando aprendendo muito com ela, principalmente sobre como extrair o máximo de cada visita a uma loja. Ela sempre consegue ser o centro das atenções com duas palavras mágicas: "sou escritora." O resto é lucro puro. Afinal, quem é mais superstar numa livraria do que um escritor? Olhinhos brilham. As pessoas se aproximam. E ela pergunta sobre o seu livro, Relações de Sangue - onde está exposto, se está vendendo, por que não tem - e acaba deixando por ali alguns fãs em potencial. Ela me diz: "quando você lançar um livro, faça igual!" Duvido que eu possa. Sinto uma vergonha e timidez indisfarçável quando falam de mim ou elogiam algo meu em público. Tenho sempre o ímpeto de dizer: "bem, não é tudo isso... Não foi nada..." ou coisas bobas do gênero. Quem sabe ainda aprendo?

Enquanto ela conversava com os vendedores e gerentes, fui comprar o livro "13 Histórias de Vampiros" de Flávio Moreira da Costa. Tem vários contos de autores clássicos, mas o que me fez decidir a comprá-lo foi o último conto da coletânea: "O Senhor de Rampling Gate", um conto escrito por ninguém menos do que Titia Arroz! Sim, Anne Rice escreveu contos também. Só que esta candidata a escritora, aqui, nunca tinha lido algo curto da Dama dos Vampiros. Não preciso dizer que já li o conto. Gostei. Um clima ameno, um delicioso ar antiquado, há uma citação significativa de um Blackwood's Magazine, que remete aos contos de Algernon Blackwood, um cavalheiro inglês cujos contos de terror eu adoro... Enfim, uma Anne Rice de sonho, etérea e sutil. E sem as intermináveis páginas cansativas de seus romances vampíricos. Lerei o resto aos poucos. Bom ter mais um livro de vampiros para me divertir!

Como devem ter imaginado, demorei mais do que esperava nesse almoço, mas os danos não foram muitos, por conta do ritmo lento da agência neste início de ano. Foi uma escapada deliciosa e proveitosa. Vou deixar aqui a capa do livro de Tita. Quem não leu, leia, pois vale a pena! Beigius, crianças e sonhem bem.


Livro de Martha Argel, Tita para os íntimos...



janeiro 19, 2003

Calor, calorrrr... Fui de manhã até a Liberdade, matar as saudades das minhas raízes étnicas. Segundo Cíntia, que me acompanhou, eu deveria colocar uma marca na minha testa para ela não me perder na multidão. Cí, eu protesto. Lá não tinha TANTOS japoneses assim. Tinha mais coreanos e chineses. Quem pensou você-sabe-o-quê, alto lá! Não somos assim parecidos, viu?... Ei, quem riu agora, fora do meu blog! Hunf... Bem, agora que estamos só entre pessoas esclarecidas, vamos em frente, e espero que não esteja falando sozinha nesta altura... (risos) Como eu ia dizendo, não estava tão quente, como estava no Rio, por exemplo. Mas esqueci de passar o protetor e, adivinhem, fiquei com a cara vermelha e o corpo marcado pela camiseta regata. Que lindo!

Mas o que importa é que me diverti demais, descobrindo uma galeria cheia de lojinhas que vendem bugigangas importadas, graças aos conhecimentos da minha guia Cíntia Sabe-Tudo. Acabei comprando dois vídeos VHS de animes de vampiros: Vampire Hunter D e Hellsing. Visitei também a antiga lojinha em que, nos idos tempos, costumava comprar os meus mangás e descobri que as antigas revistas semanais de mangás ainda existem. E continuam igualzinhas, o estilo do desenho e as histórias não mudaram nada... Que coisa!

Bem, agora eu deveria reclamar de alguém que faltou a um encontro e nos deixou um tempão esperando no metrô, mas deixa pra lá, não estou com saco pra isso. Ei, você, seu furão, não faça mais isso, hein? Se não, você vai virar um quibe cru ao invés de sashimi. E finis!

Depois, assistimos o Vampire Princess Miyu no apartamento da Elza. Gostei, é um anime light, sem muitas cenas de violência. O desenho é bonito e em cada episódio aparece um monstro-demônio que Miyu, uma vampira teen, auxiliada pelo demônio bonitão Larva (argh, que nome horrível!) envia para o "outro lado". A história lembra um pouco a série Night Walker, que também combatia os Bleeds, os demônios do mal, principalmente por apresentar em cada episódio um demônio diferente. Mas há alguns exageros de licença criativa. O cúmulo foi ver um demônio estilista... um rapaz moderninho que se transforma numa jaqueta com tesoura ao invés de braço... Era esquisito, podem acreditar!

Assistimos, também, Vampire Hunter D. UAU! Esse, posso recomendar. É um primor de anime, com uma direção de arte impecável, música linda e história deliciosamente gótica com toques de Sci-Fi (bem pouquinho). Imaginem cemitérios soturnos numa noite ao luar. Cães ladrando tristemente. Uma carruagem negra, coduzida por cavalos negros com olhos de fogo cruzando a planície deserta. Vampiros que voam de forma maravilhosa, suas capas transformando-se em imensas e lindas asas negras de morcego. Castelos gigantescos, as suas torres tocando o céu em impecável arquitetura gótica. E tudo isso misturado com personagens sujos e malvados que parecem saídos de um MadMax noturno, um enredo de western hollywoodiano de resgate de belas donzelas e amores proibidos, permeado de citações aos clássicos de literatura vampírica. Mas Vampire Hunter D é, acima de tudo, clima. Clima de vampiros. E clima, vocês sabem, é o elemento que faz do vampiro o personagem mais fascinante do terror. Quem gosta de vampiros não deve perder!

Ainda não assisti Hellsing. Depois conto pra vocês, crianças. Por ora, tenham uma ótima noite e uma semana feliz!


Meier, o vampirão do Vampire Hunter D.

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