ARIANO

Hoje foi o aniversário de dois amigos queridos. Na verdade, eu não sabia que os dois faziam aniversário no mesmo dia, e é engraçado como as coincidências acontecem.

Meu amigo Beleto, designer, divide comigo a sala e enfrenta todo dia um trabalho gostoso mas estafante na agência. Já falei dele por aqui, mas não custa nada repetir. Talentoso, caladão, teimoso, sorridente, amigo. Eu o conheci quando tinha dezessete anos. Um garotão bronzeado, surfista, muito bem criado pela Jane, sua mãe. Começou a trabalhar no estúdio da agência, aprendeu muitas coisas, entre elas o de ser um assíduo frequentador de botecos.

Depois sumiu, encontrava-o nas festas do pessoal antigo. Ligava de dois em dois anos, mais ou menos, dizendo "Sueli, vou aí te visitar." Ou "Vou levar meu portfolio pra você ver." E nunca vinha, o danado. Um dia, ele veio. Trouxe uma encadernação caprichada, com dezenas de marcas de surfwear. Monte de ilustrações. Etiquetas de roupas. Anúncios de revista com pouco texto e muito visual. Visual que ele criou.

Depois de alguns dias, num momento de desespero, quando um trabalho gigantesco desabou sobre a agência, chamei Beleto. "Quer fazer um freela?" "Tá bom." Disse. E veio. Passamos um dia e meio, mais ou menos, trabalhando sem parar. Sem dormir. Um trabalho difícil pra cacete. Ele, que já era calado, aquietou de vez. Achei que nunca mais ia aparecer... Mas ele acabou ficando.

Isso faz muito tempo, nem sei mais quanto... Parece que ele sempre esteve por aqui. Graças aos céus. Parabéns, Beleto. E obrigada por tudo.


ARIANA

Não conheço Vanessa. Ela mora no Rio de Janeiro. Devemos ter mais ou menos uns três dias de convivência. Dois dias em São Paulo, quando ela surgiu, doce e tímida, de um ônibus na Rodoviária do Tietê para ficar um fim-de-semana na minha casa. E dois meio-dias (se tanto) no Rio, quando fui pra lá, no ano passado. Mas temos séculos de convivência na internet.

Somos muito diferentes. Ela é um furacão de emoção, fúria e paixão. Não há meio-termo, apenas a plenitude. A força. Não apenas gosto de Van, mas eu a admiro. Para quem me conhece bem, sabe que isso não é pouca coisa.

Eu disse que não conheço Van? Talvez, pois não conheço nem a mim mesma. Falando na nossa linguagem – pois ela não tem medo de usar essa palavra – eu amo Van. Um amor de cumplicidade, compreensão. Um amor universal, geral e irrestrita que compartilho com uns poucos amigos verdadeiros.

Parabéns, mininazul. Giu ama Van.

MICROPOSTS

SAUDADES DO CARLFLASH! Tô pra dizer isso há tempos... Ele deve estar agora naqueles lugares exóticos e malucos que sobrevoava no seu avião. E depois contava pra gente no seu blog. Faz falta, Carl. Volta logo!

Às vezes acho que sou uma lerda. Todo mundo que conheço consegue fazer mil coisas ao mesmo tempo na internet. Como falar no ICQ, atualizar blog, responder emails... Eu, não. Eu fico lendo e relendo mensagens que eu gosto. Se estou conversando com alguém no ICQ não consigo me concentrar em outra coisa. Quando posto no blog, eu fico um tempão pensando o que escrever. É... bom, é melhor parar de divagar. Ou seria devagar? Hahahahahaha!

O que atrai as pessoas? Pra cada pessoa, é diferente. Sempre pensei que eu atraía a atenção pela minha inteligência. Que pretensão, né? Mas ultimamente teve gente que me procurou e disse lembrar-se de mim sem mesmo falar comigo... Elogios pela aparência... Ui! Será que o mundo está mudando e vou me tornar apenas mais um rostinho bonito com dois neurônios? Ei, não riam! Quem disse que os dois neurônios eu já tenho e falta o rostinho, pode sair do blog já... Hunf... Bem, não reclamem, estou tentando escrever coisas rápidas, senão não consigo atualizar isto aqui...

Vixe, que frio! Sou muito friorenta. Se vocês me vissem agora, iam rir mais ainda do meu post acima. Estou com o meu pijaminha de listras azul e com uma meia vermelha cheia de bolinhas. E, por cima disso, um moleton verde-abacate. Argh... Acho que não devia ter contado isso. E a minha imagem de vamp chic, como fica? Hehehehe.

Escrevi um microconto. Antes de vir pra casa, no escritório. Vamos ver se vocês curtem. Lá vai!

SAMURAI
Giulia Moon

Quando o honrado samurai viu o fogo rubro nos olhos do dragão, sacou a sua espada sem hesitar. Lutaram três dias e três noites até o monstro cair, a cabeça separada do corpo hediondo. A bela jovem que salvara acolheu-o, linda em sua nudez. Doces carícias envolveram o herói, que recebeu, atônito, a sua recompensa. A dor. A noite. A eterna sede de sangue…

Beigius de chocolate quente, crianças.
Sonhem bem!