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março 18, 2004



DRAGÕES TATUADOS

Giulia Moon


Ela sentiu uma dorzinha nos mamilos. Era o lugar onde ele a apertara sem dó, comprimindo seus dentes como se quisesse arrancá-los. E ela gritara. Gritou também quando ele estocava na sua vagina, em ritmo frenético, alucinógeno e molhado pela dor e tesão.

Ela viu nesse instante a cauda do dragão percorrer a pele dele. Desenho delicado tatuado e animado pela excitação. O dragão abriu a boca dentada e expeliu uma nuvem de fogo. O desenho oriental correu sobre o seu ventre e foi explodir na virilha, entre pêlos e dobras quase infantis. As garras do animal apertando os seus mamilos. A língua dentro de seu ouvido. Enquanto os corpos moviam-se ao som dos gritos dela, o dragão corria por um e outro amante, pelas pernas, mãos, pescoços. Surgia por entre as nádegas dele e deslizava até a nuca dela. Animal selvagem, incontrolável, queimando com suas passadas cada centímetro de pele. Cada gota de suor.

Por fim, exausto, o dragão pousou como uma borboleta multicolorida sobre o peito dela. E deixou-se ficar descansando, balançando a sua cauda devagar. Ia permanecer ali, invisível, até ser libertado numa próxima vez.



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