fevereiro 24, 2005
Um poema para a lua cheia...
Vamos uivar?
SALVA-ME
Giulia Moon
Salva-me.
Meu corpo dorme, vendo as estrelas.
Salva-me.
Pega a minha mão.
As carnes e os ossos são leves,
Se comparados aos pensamentos.
Os sons são fétidas feridas
Nos meus ouvidos surdos.
Salva-me.
Pressinto a lua cheia
Além da névoa que embota a vista.
Cada célula abriga um universo.
Cada universo, uma mãe fornida
De muitos seres famintos.
Salva-me.
Ouve esta voz fraca...
Pois eu te vejo
Além da sanidade e da vida.
Pois eu te chamo
Deste limbo dos meus gozos.
Salva-me.
Pois eu te quero.
Mesmo agora, tarde demais.
Mesmo aqui, sob a água da lagoa.
Mesmo assim, sob o véu líquido
Que orna esta noiva morta.
Salva-me.
Para sempre.
Ou para nunca mais.
Vamos uivar?
SALVA-ME
Giulia Moon
Salva-me.
Meu corpo dorme, vendo as estrelas.
Salva-me.
Pega a minha mão.
As carnes e os ossos são leves,
Se comparados aos pensamentos.
Os sons são fétidas feridas
Nos meus ouvidos surdos.
Salva-me.
Pressinto a lua cheia
Além da névoa que embota a vista.
Cada célula abriga um universo.
Cada universo, uma mãe fornida
De muitos seres famintos.
Salva-me.
Ouve esta voz fraca...
Pois eu te vejo
Além da sanidade e da vida.
Pois eu te chamo
Deste limbo dos meus gozos.
Salva-me.
Pois eu te quero.
Mesmo agora, tarde demais.
Mesmo aqui, sob a água da lagoa.
Mesmo assim, sob o véu líquido
Que orna esta noiva morta.
Salva-me.
Para sempre.
Ou para nunca mais.