Cinza e cinzas


Dias cinzas pressupõem monotonia. Tudo sempre igual, cinzas de emoções, cinzas de cigarros queimando no cinzeiro, cinzas de algum tio politicamente correto que preferiu o crematório a alguma cova rasa.

Tem gente que não consegue sair do cinza, colorir a vida com sangue, suor e lágrimas. Os mesmos mais-ou-menos se sucedem numa interminável procissão de lugares-comuns. Todo dia a mesma insatisfação de estar em algum ponto entre o ruim e o sofrível. No mesmo ponto de reticências, nunca um ponto final.

E tem aqueles que querem incutir tanta cor no preto e branco que pintam fatos prosaicos com histérica coloração de exageros e dramas. Vivem numa turbulência particular, respondendo a uma intempérie interna que não ressoa na vida real. Esses, morrem, ressuscitam, suscitam e se excitam sozinhos, em prazeres e dores solitários, insatisfatórios como um grito sem ouvinte. Ardem sem prazer. Restam-lhes cinzas sem nunca terem conhecido a quentura do fogo.

Cinzas sombras sobre o muro. Fingimos que vemos o que julgamos que deveríamos ver. Que talvez não vejamos jamais. Franzimos o cenho, procuramos nos curar de um daltonismo que nos acinzenta a visão total, infinita, plena. E esquecemos que talvez a resposta seja encontrada ao virarmos a cabeça. E ver tudo por um outro ponto de vista.

Alethéia. Alethéia. Alethéia.

Aniversários e aniversários...

Oras, vejam só... Mais um 7 de setembro se aproxima e a Independência do Brasil comemora mais um aniversário. Embora, para alguns representantes da política brasileira, a independência parece ter sido apenas financeira. E o pior, às custas dos cofres públicos. Enfim, viva o nosso Brasil varonil!

Ah, fui num aniversário muito legal, que rolou no domingo, na Salamandra. Era mais uma festa do pessoal gótico e a aniversariante era uma vampira de tirar o fôlego, mesmo dos undeads. Liz vamp, uma simpatia, mulher sem frescuras e sem medo. Quem quiser ver as fotos, vá ao site do Fernando: visuh.net

Tenham um ótimo feriadinho e até quinta!

Beigiusssssss...